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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

:: Charlie Hebdo ::

O jornal francês Charlie Hebdo, especialista em satirizar tudo e todos, foi mexer justamente com Abu Bakr al-Baghdadi, chefe do grupo extremista Estado Islâmico, indivíduo auto-imaginado sucessor de Maomé, bem como – o pior – tido assim por seus seguidores.
Pronto! A réplica veio de imediato! Não se brinca com fanáticos.
Aqui na Brasil também houve um princípio de fanatismo religioso, sob o patrocínio de Antônio Conselheiro, guia que fez afluir para Belo Monte (Canudos), em busca dele, cerca de 25 mil pessoas, no final do Século XIX, intolerância semelhante à existente há tempos no Oriente Médio. Por conta disto ocorreu a Guerra de Canudos.
Conselheiro se deparou – sua desgraça – com gente matreira até a medula, os “coronéis” latifundiários, a oligarquia da terra. Logo, essa gente tratou de espalhar o boato segundo o qual Canudos se armava para depor a República recém instalada e restaurar a Monarquia.
Talvez fosse verdade, parecia ser; pelo sim, pelo não, a República esmagou a cidadela, onde boa parte do populacho preferiu morrer queimado vivo a se entregar, provando aí sua incomensurável devoção a Conselheiro.
Foi o aviso dos “coronéis” latifundiários: não se brinca com eles, argumento reforçado através da decapitação de inúmeros prisioneiros, espécie de “olho por olho, dente por dente”, porque a prática era comum a ambos os lados em conflito.
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Irremediavelmente a miséria total descamba na revolta, sempre surgindo um líder capaz de fazer as pessoas acreditarem que ele (o líder) tem o poder de libertá-las da amargura, senão de lhes assegurar salvação na vida eterna, pós-morte em combate.
Estabelecendo-se comparativo, no cenário do Oriente Médio quem representa o papel dos “coronéis” latifundiários são as potências ocidentais a serviço de Israel, lideradas pelos USA; elas pretendem dar o mesmo “recado”, igual aviso, com elas não se brinca. Degolas no sentido literal da palavra só os extremistas islâmicos realizam; noutra acepção do termo, muito mais eficaz, embora pouco emblemática, as potências tentam “cortar a cabeça” do fanatismo atacando-o com seu arsenal de última geração, com pífios resultados; irrisórios exceto para a parcela da população que nada tem a ver com a desordem, conforme ocorreu entre nós – em menor escala – aos nossos compatriotas servos da gleba, a partir de Canudos maltratados a ferro e fogo pela oligarquia, por fim apadrinhados pelas esquerdas brasileiras em proveito próprio, jamais com qualquer objetivo social fidedigno.
Comparadas as duas conjunturas sobrevém desfecho fatal: guerras são situações fora de controle, o problema do Oriente Médio é, portanto, insolúvel, tal qual é o das nossas favelas em permanente convulsão, para onde convergem desvalidos provenientes dos quatro cantos do país, manobrados pela liderança esquerdista, os dois casos – não obstante suas disparidades – formas atuais de Canudos, agigantadas e completamente recrudescidas em maior ou menor grau, que emprega crianças como massa de manobra, atirando na Polícia em defesa do tráfico, aqui, escrevendo “mensagens de amor” nos mísseis israelenses empregados para arrasar o Líbano, lá. Por enquanto ainda é desproporcional estabelecer paralelo entre elas, já que a querela do Oriente Médio é mais antiga milhares de anos.
Mas, convém não perder de vista, nós tivemos um Conselheiro, pode ser que a conduta desprezível dos nossos “brilhantes” (leia-se estúpidos) comunistas forje outro, desta feita com poder suficiente para tornar mero detalhe sem valor histórico os milênios de diferença de idade entre as querelas. Precedente há. É melhor não termos de confrontar um SUPER CONSELHEIRO....
Rodrigo Martiniano.
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