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domingo, 25 de setembro de 2011

GOL! - VW GOL - O FENÔMENO!

GOL – O VERDADEIRO FENÔMENO
(em 0601 25)

Qual é o carro nacional mais vendido? GOL. Qual é o mais exportado? GOL. Qual teve maior diversidade de motorizações? GOL. Qual foi o carro pequeno nacional com tudo em comum com um carro médio de prestígio? GOL. Qual o carro pequeno nacional capaz de superar os 200 km/h reais? GOL. Qual é o pioneiro em tecnologia automotiva de ponta? GOL. Qual o carro nacional mais ‘tunado’? GOL. E as perguntas se sucedem, inúmeras, sempre com a mesma resposta: GOL. 
Más o marketing da VW tem resolvido ‘matá-lo’ aos poucos. Ao invés de aprimorar cada vez mais, na qualidade e na diversidade de ofertas do produto, vem sistematicamente afunilando o caminho do notável pequeno veterano. Eu já tive uns 50 exemplares. Exceto os refrigerados a ar, experimentei todos os motores.
Simultaneamente fui proprietário de outros carros, inclusive modelos de grandes marcas, como dois BMW 325i relativamente novos, com “pedigree” (foram da minha mãe).
À época de um deles tive também um dos melhores GOLS, um GTI 16V completo, modelo 97, com a “façanhuda” bolha no capo. Pode parecer incrível, más o GTI 16V mostrava-se tão competente quanto os BMW, e às vezes até mais: curvava praticamente igual, tinha desempenho muito semelhante, o acabamento interno em couro era equivalente e, claro, o custo / benefício era muito inferior [aproximadamente (em 100): GOL = 30 / 80 = 0,375 ; BMW = 90 / 100 = 0,9].
Tudo isto sem falar do GTI 8V, também “bolinha”, branco nácar (tri-coat), a álcool, injetado, 1995, comprado “zero bala”... Acelerava feito uma “viúva negra” (Yamaha RD 350)! Bancos RECARO em couro cinza claro, volante em couro cinza com posição de mão preta, ABS, air-bag simples (um apenas), rodas “quinze” (opção da Concessionária) pré-lançamento... Comprei-o em Pouso Alegre - MG. Palavra: Foi o dia mais feliz da minha vida quando, voltando de BH, levei esse GTI – ainda sem placa – para minha casa, e lá, meu saudoso filho sentou-se do meu lado para acelerarmos a máquina novinha... 
Outro aspecto a ressaltar são os motores AP, montados no GOL a partir de 1985. Eu e um outro engenheiro fomos proprietários de uma oficina de preparo, na qual tínhamos o auxílio de um emérito profissional da região (São José dos Campos - SP).
O preparo mais comum era turbinar o carro, pois representávamos a extinta LARUS TURBO na cidade. Tínhamos vários clientes, 90% deles proprietários de GOL, Voyage, Parati, Saveiro, Santana ou Quantum.
Alguns optavam pelo maior conjunto turbo-compressor oferecido pela LARUS, o ALT456, e o motor, convenientemente preparado, rendia algo em torno de 250 CV, medidos ao freio. De uma forma notável não houve motor quebrado, mesmo sob essas (para a época) condições severas de utilização. Aliás, quem desejava uma preparação “pesada” não estava de brincadeira.
A maior ‘invenção’ da oficina foi a partir do motor 2.0 do Golf (biela longa), mantida a taxa de compressão original, apesar de substituído o cabeçote de fluxo cruzado por um convencional, e com sobrepressão de até 1,3 bares. Só não tínhamos a tecnologia para conservar o sistema de injeção eletrônica junto com o turbo, porém não era nada insolúvel com um bom carburador BROSOL PIERBURG ‘3E de Opala / 25-29’, devidamente afinado. Para evitar sobreaquecimento acrescentávamos um radiador igual ao do sistema de ar quente, em série com o radiador do sistema de arrefecimento, posicionado frente à grade dianteira, com amplo sucesso.
E o GOL virava um foguete! Claro, nas mãos erradas poderia se tornar um perigo. Com o ‘piloto’ certo, porém, era difícil de superar. Eu me vi fazendo curva perto de 200 km/h marcados no ponteiro num GOL GTS preparado conforme acabei de descrever. Em retas o velocímetro “virava” 220 km / h, o limite, e queria ir adiante...

· · · · ·

Faz algum tempo a Volkswagen tem optado por descaracterizar o produto GOL, face aos seus rivais internos, particularmente o Fox. Assim, o acabamento, tanto interno como externo, é incomparavelmente pior no GOL, o preço praticamente empata, o leque de cores é irrisório para o GOL, o descuido com a montagem é evidente no GOL, até as calotas – quando opção – mostram-se ridículas, e por aí vai.
Ora, são produtos com propostas diferentes, em termos de satisfação do cliente, quando o assunto é individualidade, ou seja, é tão razoável um GOL GTI quanto impensável um Fox GTI. Por que? Por uma razão simples: o Fox carece de personalidade e isto sobra no GOL. Apesar do comprador de um GOL GTI não ignorar a estrita semelhança entre o seu carro e um GOL 1.0, ele assim mesmo comprava (deverá comprar) o GTI, por saber quão diferenciado e excelente era - ou melhor, é - o carro. Aspecto e preço empatado, e a qualidade destoando, a extinção do GOL, evidentemente está declarada.

As razões do marketing da montadora são irrazoáveis para o consumidor interessado em optar pela melhor escolha. Com relação ao GOL GTI e a Parati GTI perguntei a dez ex-proprietários desses carros se eles comprariam um ‘zero km’, caso ainda existissem. Resposta: 100%, isso mesmo, 100% da amostra disse sim, se o preço estivesse na faixa dos R$ 50 mil, um pouco mais, um pouco menos, dependendo dos equipamentos.
Por outro lado, o produto GOL 1.0 deveria obrigatoriamente, como ‘carro de combate’ da VW, e em razão de sua longevidade, ser o carro mais barato do país. Nesse ponto também erra o marketing da VW, pois não consegue tal objetivo, e, parece, nem cogita dele.
Com o surgimento da ”Geração 4, a situação do GOL assumiu ares ridículos. A Parati manteve opções sem (muito) despojo, ao contrário do GOL. Novamente a despersonalização é a tônica.
O GOL perdeu o belíssimo painel de instrumentos branco com iluminação azul trespassada, perdeu os faróis duplos com máscara negra, perdeu a botoeira de controle central ultraprática, perdeu a provisão para tweeters das portas, perdeu o console central chegando ao painel, como pouco antes já houvera perdido a opção de motores 2.0, 2.0 16V, 16V-Turbo, bem como os acabamentos ‘Comfortline’, ‘Estilo’, e ainda – desgraçadamente - a versão GTI.
Ao invés disso poderia ter ganhado maçanetas e capas dos retrovisores na cor do carro, saída de ar funcional na capa do pára-choque traseiro, moldura plástica das soleiras das portas (como nos GTI Geração 2 / os “Bolinha”), silencioso com ponteira dupla e bancos RECARO, como nos antigos GTS / GTI Geração1, esmero na estamparia e na ajustagem e muitas coisas mais.
Criatividade, todos sabem, a VW tem de onde tirar quando se trata do GOL: é só observar os ‘tunados’!
O GOL é também o último automóvel pequeno nacional com disposição longitudinal de motor, característica óbvia, e com discutível inferioridade em relação à transversal, sobretudo no tocante ao escapamento, à solução de projeto da suspensão dianteira e ao amortecimento das oscilações do motor. Ele costuma ser criticado pelo longo capô - devido ao motor N-S, sendo esta justo uma faceta explícita da personalidade do carro.
Finalmente, o GOL tem uma posição de dirigir baixa, típica, inconfundível e única. Ela transmite sensação de segurança ao motorista, permitindo-lhe explorar o carro, sem ficar imaginando um acidente a cada curva. Fica, portanto, uma sugestão à VW: ao invés de extinguir porque não aperfeiçoar?
Vejam um ligeiramente melhorado, de propriedade desse autor...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PROBABILIDADE EVENTOS POSITIVOS


SEU COMPUTADOR...


 SEU COMPUTADOR: MELHOR DESEMPENHO OU MAIS ESPAÇO EM DISCO?

A MICROSOFT emprega a tecnologia NTFS (= New Technology File System) no sistema de arquivos do sistema operacional (= interface entre o computador e o usuário / em resumo) Windows. A NTFS permite a compactação de arquivos e pastas, liberando, assim, espaço no disco do seu computador onde estão gravados.
Compactar, entretanto, acarreta em perda de desempenho, já que o Windows terá de descompactar os arquivos (e pastas) ao abri-los e de recompactar ao fechá-los. Portanto, o usuário deve limitar-se a compactar, se necessário, apenas arquivos e pastas criadas – e / ou diretamente usadas – por ele mesmo, e não aqueles inerentes ao funcionamento do Windows.

Para compactar um arquivo ou uma pasta proceda conforme descrito a seguir:
1º) Clique com o botão direito do mouse sobre o nome do arquivo ou da pasta e escolha a opção “Propriedades”.
2º) Na aba “Geral” clique no botão “Avançado...”, marque a alternativa “Compactar o conteúdo para economizar espaço em disco”, e clique no botão “OK”.
3º) Note que no exemplo o tamanho em disco do arquivo diminuiu de 24,0 KB para 8,0 KB, e que o nome do arquivo passou de escrito em preto para azul.
A mudança de cor preto ® azul ocorre caso o seguinte recurso esteja habilitado:
(a) No DESKTOP clique no ícone “Meu computador”.
(b) Na barra de ferramentas clique em “Ferramentas”, e a seguir em “Opções de pasta...”.
(c) Escolha a aba “Modo de exibição”, marque a alternativa “Exibir arquivos NTFS criptografados ou compactados em cores”, e clique no botão “OK”.

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Boa compactação!
. . . . .
ROAMF.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Voyage au centre de la Terre...

Voyage au centre de la Terre...
- Jules Verne -
Voyage au centre de la Terre...
- Jules Verne -

“In Sneffeis Yoculis craterem kem delibat
umbra Scartaris Julii intra calendas descende,
audas viator, et terrestre centrum attinges.
Kod feci. Arne Saknussemm.”

Professor Lidenbrock is a man of astonishing impatience, and departs for Iceland immediately, taking his reluctant nephew with him. Axel, who is cowardly and anti-adventurous, repeatedly tries to reason with him, explaining his fears of descending into a volcano and putting forward various scientific theories as to why the journey is impossible, but Professor Lidenbrock repeatedly keeps himself blinded against Axel's point of view. After a rapid journey via Lübeck and Copenhagen, they arrive in Reykjavík, where the two procure the services of Hans Bjelke (a Danish-speaking Icelander eiderdown hunter) as their guide, and travel overland to the base of the volcano. In late June they reach the volcano, which has three craters. According to Saknussemm's message, the passage to the centre of the Earth is through the one crater that is touched by the shadow of a nearby mountain peak at noon. However, the text also states that this is only true during the last days of June. During the next few days, with July rapidly approaching, the weather is too cloudy for any shadows. Axel silently rejoices, hoping this will force his uncle – who has repeatedly tried to impart courage to him only to succeed in making him even more cowardly still – to give up the project and return home. Alas for Axel, however, on the last day, the sun comes out and the mountain peak shows the correct crater to take.
After descending into this crater, the three travelers set off into the bowels of the Earth, encountering many strange phenomena and great dangers, including a chamber filled with combustible gas, and steep-sided wells around the "path." After taking a wrong turn, they run out of water and Axel almost dies, but Hans taps into a neighboring subterranean river. Lidenbrock and Axel name the resulting stream the "Hansbach" in his honor and the three are saved. At another point, Axel becomes separated from the others and is lost several miles from them. Luckily, a strange acoustic phenomenon allows him to communicate with them from some miles away, and they are soon reunited. After descending many miles, following the course of the Hansbach, they reach an unimaginably vast cavern. This underground world is lit by electrically charged gas at the ceiling, and is filled with a very deep subterranean ocean, surrounded by a rocky coastline covered in petrified trees and giant mushrooms. The travelers build a raft out of trees and set sail. The Professor names this sea as the Lidenbrock Sea. Whilst on the water, they see several prehistoric creatures such as a giant Ichthyosaurus, which fights with a Plesiosaurus and wins. After the battle between the monsters, the party comes across an island with a huge geyser, which Lidenbrock names "Axel's Island." A lightning storm again threatens to destroy the raft and its passengers, but instead throws them onto the coastline. This part of the coast, Axel discovers, is alive with prehistoric plant and animal life forms, including giant insects and a herd of mastodons. On a beach covered with bones, Axel discovers an oversized human skull. Axel and Lidenbrock venture some way into the prehistoric forest, where Professor Lidenbrock points out, in a shaky voice, a prehistoric human, more than twelve feet in height, leaning against a tree and watching a herd of mastodons. Axel cannot be sure if he has really seen the man or not, and he and Professor Lidenbrock debate whether or not a proto-human civilization actually exists so far underground. The three wonder if the creature is a man-like ape, or an ape-like man. The sighting of the creature is considered the most alarming part of the story, and the explorers decide that it is better not to alert it to their presence as they fear it may be hostile.
The travelers continue to explore the coastline, and find a passageway marked by Saknussemm as the way ahead. However, it is blocked by what appears to be a recent cave-in and two of the three, Hans and the Professor, despair at being unable to hack their way through the granite wall. The adventurers plan to blast the rock with gun cotton and paddle out to sea to escape the blast. Upon executing the plan, however, they discover that behind the rockfall was a seemingly bottomless pit, not a passage to the center of the earth. The travelers are swept away as the sea rushes into the large open gap in the ground. After spending hours being swept along at lightning speeds by the water, the raft ends up inside a large volcanic chimney filling with water and magma. Terrified, the three are rushed upwards, through stifling heat, and are ejected onto the surface from a side-vent of a volcano. When they regain consciousness, they discover that they have been ejected from the active volcano on the Isle of Stromboli. They return to Hamburg to great acclaim – Professor Lidenbrock is hailed as one of the great scientists of history, Axel marries his sweetheart Gräuben, and Hans eventually returns to his peaceful life in Iceland. The Professor has some regret that their journey was cut short.
At the very end of the book, Axel and Lidenbrock realize why their compass was behaving strangely after their journey on the raft. They realize that the needle was pointing the wrong way after being struck by an electric fireball which nearly destroyed the wooden raft…

Padre Marcello Martiniano Ferreira

Fr. Ferreira Marcello Martiniano - Brasile

Fr. Marcello Martiniano Ferreira (Ponte Nova-MG, 1932), SDB, studied piano with Helena Lodi (Belo Horizonte-MG) and got his first diploma at Escola Nacional de Mùsica (UFRJ), with Arnaldo Estrela. In order to play the Great Organ of Our Lady Help of Christian’s Basilica, of the Salesians, in Niteròi, he began to study organ with Juliano Accardo and Angelo Camin (UFRJ). He also studied Harmony with Paulo Silva. At the UFRJ, Counterpoint with José Siqueira.
Following his studies he was graduated in Organ Principal with Ferruccio Vignanelli, at the Pontificio Istituto di Musica Sacra (Rome) and in Harpsicord at the Conservatorio di Musica Santa Cecilia and at the Accademia Nazionale si Santa Cecilia (Rome).
He also had a course in Gregorian Music with Eugène Cardine (Rome). He improved his organ study at the Schola Cantorum (Paris), with Jean Langlais. From Hans Klotz in Colony (Germany), K. Straube’s pupil in Leipzig, he got more information on the Max Reger’s interpretation.
In 1985 he was awarded the Musicology Doctor degree, presenting a thesis on the origin and the description of Mariana (MG) and Faro (Portugal) churches organs. Another Doctor degree, presenting a thesis on the origin and the description of Mariana (MG) and Faro (Portugal) churches organs. Another Doctor degree (Sorbonne, Paris, 2002) was awarded him with the theme: Ferruccio Vignanelli or the modern Renaissence of the Harpsichord in Italy, in the 20th century.


As a pianist, he was soloist of S. Prokofieff ‘s Concert N° 3 op.26 in C major for piano and orchestra (Symphonic Orchestra of Rio de Janeiro) and H. Villa-Lobos’ Concert n° 1 in C major for piano and orchestra. As a Harpsichordist he presented at the Accademia Nazionale di Santa Cecilia (Rome) and by Arcadia Romana(Rome); at the Escola Nacional (UFRJ) and the Liceu Nilo Peçanha (Niteròi) and the Clube Portoguês (Niteròi).
In 2006 he was elected, by unanimitu, Honorary Member of the Nacional Academy of Music.
Fr. Marcello is the titular organist of Our lady Help of Christians’ Basilica, in Niteròi, RJ. He has recorded, in videocassette, Cesar Franck’s and J.S. Bach works recorded in the Basilica Monumental Organ.



Padre Marcello Martiniano Ferreira

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

KADHAFI

 KADHAFI

A atual história da Líbia teve início em 1969, quando um grupo de oficiais nacionalistas, de forte alinhamento político-ideológico com o pan-arabismo, derrubou a monarquia, então personificada pelo rei IDRIS I – antes emir Sayyid IDRIS al-Sanusi – e criou a Jamairia (República) Árabe Popular e Socialista da Líbia, muçulmana militarizada e de organização socialista. O Conselho da Revolução, órgão governamental do novo regime, era presidido pelo coronel Muammar al-KADHAFI. O regime de KADHAFI, chefe de Estado a partir de 1970, expulsou os efetivos militares estrangeiros e decretou a nacionalização das empresas, dos bancos e dos recursos petrolíferos do país.
A Líbia é um país do norte de África, limitado a norte pelo Mar Mediterrâneo, a leste pelo Egito e pelo Sudão, a sul pelo Chade e pelo Níger e a oeste pela Argélia e pela Tunísia. Sua capital é Trípoli. É o país com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da África (0,755) e um dos poucos do continente que apresentam IDH alto.
IDH é uma medida comparativa, usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento humano e para separar os países desenvolvidos (alto desenvolvimento humano), em desenvolvimento (médio desenvolvimento humano) e subdesenvolvidos (baixo desenvolvimento humano).
Embora extravagante e exótico, KADHAFI foi um político habilidoso, tendo, na última década, logrado tirar o país do isolamento diplomático. Com o fim do isolamento a economia do país viu-se impulsionada, atraindo investidores estrangeiros e grandes companhias petroleiras multinacionais. De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a Líbia cresceu 10,6% ano passado (2010), sendo previsto crescimento de aproximadamente 6,2% em 2011.
Contudo, tal riqueza é muito mal distribuída, e, apesar do IDH alto, a Líbia é subdesenvolvida no que concerne às massas, das quais pelo menos 1/3 vive na linha da miséria, razão primordial dos protestos destas. Manifestações contra o governo de KADHAFI provocaram a morte de incontáveis civis, a comunicação por telefone foi dificultada ao máximo e o governo cortou por completo o acesso dos computadores à internet. Os insurgentes recebem apoio declarado da OTAN, em especial – é óbvio! – dos  Estados Unidos e da Inglaterra, e também da França, bem como às encobertas da mídia ocidental. A OTAN realizou inúmeros ataques e bombardeios em território líbio, além de fornecer apoio financeiro e logístico aos insurgentes.
KADHAFI prometeu "lutar até a última bala", e os rebeldes, que agora sentiram o gosto da liberdade, estão igualmente determinados, a despeito de drasticamente inferiores quanto ao armamento. É difícil imaginar uma longa guerra civil, na realidade guerrilha, já que a Líbia, exceto pelas áreas urbanas um deserto, não tem geografia apropriada para esconderijos.
Na condição de 12º maior exportador de petróleo do mundo, a Líbia tem potencial suficiente para desestabilizar a economia mundial, caso a revolta contra o governo interrompa o fornecimento do produto, porém, há que se considerar, mais da metade do PIB da Líbia vem dos setores de petróleo e gás natural, responsáveis por 95% das exportações do país, de acordo com o Banco Mundial. Assim, uma eventual interrupção não traria proveito a ninguém, nem mesmo aos rebeldes.
Na verdade, o povo líbio se mobilizou para denunciar a proximidade do rei IDRIS I com o Ocidente, após a derrota da RAU (República Árabe Unida) frente a Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967 – da qual a Líbia não participou, e isto abriu caminho para o golpe de 1969. Hoje a nova geração faz o país voltar a um ponto semelhante, só que agora a população jovem pede prosperidade, negada ao povo pelo errático regime de KADHAFI.
ú ú ú ú ú
Aqui no Brasil, dependesse de serem as pessoas - sobretudo os pobres - um pouco mais aguerridas, e menos adeptas do “salve-se quem puder”, característica esta, aliás, bastante arraigada na mente corrupta de boa parcela de nós brasileiros, a situação atual da Líbia poderia facilmente acontecer. Elementos propícios, condições favoráveis à insurreição – de fato, condições desfavoráveis às massas ignotas – sobram. Sorte nossa elas serem ignotas, e justo por isto acreditarem que “com jeitinho ainda chegam lá”!

Rodrigo O. A. M. Ferreira

Cuidado com os "coloridos" das multas...

Andar de carro pelas vias públicas brasileiras nunca foi fácil. Inicialmente falta educação à quase totalidade dos motoristas. Não se trata de ponderar sobre educação de trânsito, atributo, aliás, dos mais desejáveis, mas simplesmente da mera educação social, aquela tão decantada pelas pessoas, sempre exigida e raramente praticada.

Seria interessante se cada motorista tivesse em mente o fato de, por estar motorizado, as coisas se encontrarem mais ao seu alcance, se fazerem mais rápidas e, por conseguinte, tornar-se descabido mesmo assim ter pressa absurda. Contudo é esta a atitude dos motoristas: pressa irracional.

Pois bem, corrigir tal desvio de comportamento deveria ser objeto de atenção do Estado, pois é o Estado quem concede licença ao cidadão para dirigir. Não é, como também não é qualquer espécie de direção preventiva, ensinamento cuja falta logo se vê quando um carro derrapa numa pista molhada e o motorista se mostra incapaz de fazer qualquer coisa porque não sabe.

Cabe ao Estado, sem a menor dúvida, refinar o processo de expedição de Carteiras Nacionais de Habilitação, as carteiras de motoristas, de modo a se passar a ter nas ruas, dirigindo veículos, pessoas cônscias de suas obrigações elementares, cientes da licença concedida a elas e da responsabilidade envolvida, e verdadeiramente capazes de controlar a máquina, o veículo.

Além disso, o Estado deveria atentar para a conservação das vias públicas, reparando-as imediatamente quando necessário, e também para a conservação dos veículos, impedindo as sucatas de trafegar vetando-lhes o emplacamento. Claro, há que se cuidar igualmente do pedestre, muitas vezes incauto, noutras leviano, quase sempre desafiador. Por que não multá-los quando invadem o sinal vermelho?

Mas, por falar em multa, é essa a opção do Poder Público para civilizar o tráfego. Escolha correta? Jamais. A multa transformou-se em cruel fonte de receita e vem sendo posta em prática indiscriminadamente, sem critério algum, ilegalmente. Quando lavrá-las nas cidades competia à Polícia Militar as coisas eram até toleráveis e os desmandos, as arbitrariedades ficavam, em termos, contidas, havendo muitas vezes atuação esclarecedora e educadora dos policiais, ao invés de ação fraudulenta, sub-reptícia, visando exclusivamente aquele objetivo: angariar recursos.

Note-se e ressalte-se o modus operandi dos policiais rodoviários federais e estaduais, bem mais coerente e bastante admissível, valendo-se da multa apenas em caso de manifesta imprudência violando a lei ou de rematada recalcitrância.

Nas cidades surgiu a abominável figura do "marronzinho", do "amarelinho" e outras cores mais, infernizando a vida do motorista, contribuindo seriamente para agravar a deseducação, os expedientes, o caos urbano, enfim. Certa feita interpelei um deles onde moro, de maneira bem descontraída, informal, e ouvi um absurdo. A instrução recebida por eles é: "Vão e lavrem o máximo de multas possível. Uma pequena percentagem dos autuados vai recorrer e uma parcela irrisória dos recursos será deferida. A grande maioria deverá pagar e pronto". É a mais-valia aplicada ao trânsito, ou seja, vale a autoridade de quem a tem para conseguir o que precisa -- dinheiro -- seja lá como for. 

Os agentes de trânsito municipais são indivíduos beócios, tabaréus sem qualquer noção da sua atividade, recrutados a esmo pelas prefeituras, desqualificados quanto ao treinamento risível recebido, a não ser para o manejo do radar e para o uso do bloco onde escrevem garranchos incompreensíveis, más facilmente traduzidos para o cidadão sob a forma de ônus.

Alguns indivíduos menos avisados vêem progresso na atuação desses elementos atrelado à falta da arma, equipamento obrigatório e ostensivo do policial militar. Ora, a arma do marronzinho é mil vezes mais eficaz e ele a "dispara" a torto e a direito. Afinal de contas nem "pontaria" o infeliz tem: faltou preparo.

Motorista: cuidado com os "coloridos", e muita cautela com as ilegais lixeiras radar!

Rodrigo O. A. M. Ferreira
São José dos Campos, SP.