BANCOS
Sensato considerar, quem é “relevante para o sistema”, isto é, os bancos não levam calote de ninguém pelo fato de terem um poder incomensurável, e assim lhes ser possível agir como bem entendem.
O Estado deve ajudar quem os bancos lesaram para que com isto os bancos não tenham qualquer prejuízo, em razão da sua “relevância para o sistema”. Prejuízo significa não receber os juros, dos quais vivem os bancos. Assim, o Estado apóia os bancos, a um só tempo com dinheiro mais vantagens fiscais, dinheiro este garantido por todos nós através dos tributos que pagamos - chamado pelo Estado de recurso.
O recurso é, então, destinado aos lesados para estes quitarem com ele – com o recurso, o nosso dinheiro – as dívidas contraídas junto aos bancos.
Trata-se de um jogo absurdo, por incrível que pareça através do qual os bancos atravessam as crises. Os bancos conseguem isto há quase um século, desde quando, em 1914, conseguiram separar o dinheiro do ouro, ou seja, a partir do momento no qual nosso dinheiro deixou de ser lastreado por valor verdadeiro, e passou a ser na realidade apenas papel “carimbado”.
Desde lá até hoje, de forma gradual crescente os bancos vêm podendo fazer conosco conforme lhes aprouver, sem maiores preocupações, pois praticamente ninguém é capaz de perceber a trama.
Sobre os “pacotes de salvamento”, hoje em dia tão conhecidos, é preciso esclarecer que em nosso sistema monetário baseado em dívidas, tais “pacotes” não trazem benefício real algum a quem se destinam, sendo vantajosos apenas para os bancos e para os que trabalham em estreita cooperação com os mesmos.
Os “pacotes” acabam por obrigar o povo a contrair dividas enormes, até que todos fiquem sem dinheiro. Aí, o Estado tem de diminuir despesas com benefícios sociais e salários, e simultaneamente aumentar os impostos, medidas cujo impacto na população se reverte em menores ganhos e em maiores despesas, situação evidentemente inviável em longo prazo.
Contudo, para os bancos é um negócio muitíssimo seguro, porque – uma vez “quebrado” o país – eles se apossam do “filé” (os recursos vindos do povo, agora dívida) e deixam ao povo os “ossos” (no limite não mais que a vida).
Nesse ponto ocorre uma reforma monetária e o povo deve dar duro de novo para reconstruir o que lhe foi subtraído e, portanto, se endividar novamente com os bancos.
Usando da imagem anterior os bancos jogam ao povo uma lasca do “filé” para “fisgá-lo”, lhes dizem que desta vez vai ser melhor, e o povo, incorrigível como de costume, morde a “isca”, incapaz de sair de tamanha ciranda dos infernos.
Banqueiros vão levando de propósito o mundo para o precipício por acreditarem que podem administrar a queda! Se você acha que está a salvo é bom reconsiderar...
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